O chip da Besta - Bruno Rodrigo
Era uma vez, há muito tempo atrás...
Uma
juventude que pensava!
Lutava por
mudanças.
O seu
comportamento era o norteamento do futuro da nação
Criavam,
recriavam... pequenos deuses do progresso!
Era uma vez,
em reino distante...
Mentes ainda
“teens”
Cuja
importância ia além das propagandas de xampus e refrigerantes
Suas ostentações
eram, também, intelectuais
Seus corpos
eram o símbolo do triunfo
Sua coragem
era avassaladora
E com
eles... ah! Com eles... ninguém podia.
Como eram
espertos
Como em
outrora foram inteligentes...
Até que um
dia, não muito distantes dos nossos dias
Surgiu sobre
a terra aquela que seria a pior das pragas.
Alguns
profetas dizem ser uma maldição divina
Porém, nem
todas as pragas do Egito em comunidade
fariam metade
do terror que tal praga faz.
Oravam-se ao
Pai: - Mande outro dilúvio. Tal castigo é demais!
Mas as
orações não eram atendidas e a praga persistia.
A praga que
devora as mentes,
Que torna o
homem cada vez mais insano, burro, deprimente
A praga que
corrói a criatividade, limita a atenção, destrói os neurônios,
Sela e impõe
cabresto aos seus infectados.
Em meio a
tanto desespero junto-me também aos clamores dos crentes desamparados:
- Oh, Deus!
Pai de bondade! Tu que reinas nos altares!
Atenda meu
clamor:
LIVRA OS
JOVENS DESTAS BOSTAS DE CELULARES!!!!!!