domingo, 5 de julho de 2009

"In the first word" - Bruno Rodrigo

Certa vez, ofereceram-me o mundo! Mas eu não queria isso tudo. Queria apenas um cantinho. Poderia ser pequeno mesmo, desde que fosse meu. Poderia ser simples, desde que eu o decorasse com minhas cores. Ofereceram-me passagens, caminhos e diferentes estradas. Mas eu não queria viver uma peregrinação. Bastava-me lápis e papel. Seria o suficiente para que eu viajasse o mundo e retornasse quando quisesse para o meu cantinho.
Ofereceram-me palavras, palavras e mais palavras. Mas eu não queria falar tanta coisa. Aos menos, não de uma só vez.
Preciso das palavras. Nelas estão minha essência e a minha razão de ter vindo ao mundo. Quero conhecer todas!!! Quero ser íntimo de todas!! Só que eu não tenho pressa, inclusive, umas das palavras que mais me chamam a atenção é "Tempo".
O tempo indica o sol, a chuva, o frio e o calor. O tempo traz saudade de quem se ama, lembranças, traumas e sonhos. O tempo se contradiz: Ora é muito, ora é pouco! Eu precisaria de muitas palavras e muito tempo para escrever sobre o "Tempo": um dos deuses mais perfeitos que o homem ousou tentar conhecer.
Se necessitarei de um número incontável de palavras, não importa, para que minhas mãos escoem o que o meu coração transborda eu precisarei começar a partir de uma. Ainda que um oceano de palavras alaguem todo o papel, a nascente estará "in the first word".

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