Quem será aquele carroceiro que
Pelas ruas da cidade realiza seu frete?
Em tempos de DVD,
Há ainda quem use vídeo-cassete?
Com o seu chapéu preto pela cidade se vai
Dando a pintura urbana um toque da roça,
Em meio ao ronco dos motores,
Soa baixinho o chiado da carroça.
Não tem chaves, mas sim um chicote.
Não tem freios e volante, mas sim o cabresto.
Nada de gasolina, apenas capim e bagaços de cana.
Não polui o ambiente com fumaça, apenas com adubo.
Mas, se você pensa que o velho carroceiro
Não faz parte da evolução, há de se enganar!
Ele entrega aos clientes um trabalhado cartão de visitas,
Com direito a slogan e o número do seu celular.
E nesse trote-trote vai-se o carroceiro pela rua da matriz,
Alguns lhe abanam a mão, outros fazem careta
Mas isto não lhe deixa nem um pouco infeliz
Com uma chicotada acelera a sua mula: “Umbora Tieta!”
Típica cena mineira.
Comum de se ver lá no interior
Em meio a tanta modernidade, está salvo um pouco do antigo,
Graças ao carroceiro Salvador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela visita - Bruno Rodrigo