domingo, 5 de julho de 2009

O Carroceiro - Bruno Rodrigo

Quem será aquele carroceiro que

Pelas ruas da cidade realiza seu frete?

Em tempos de DVD,

ainda quem use vídeo-cassete?

Com o seu chapéu preto pela cidade se vai

Dando a pintura urbana um toque da roça,

Em meio ao ronco dos motores,

Soa baixinho o chiado da carroça.

Não tem chaves, mas sim um chicote.

Não tem freios e volante, mas sim o cabresto.

Nada de gasolina, apenas capim e bagaços de cana.

Não polui o ambiente com fumaça, apenas com adubo.

Mas, se você pensa que o velho carroceiro

Não faz parte da evolução, há de se enganar!

Ele entrega aos clientes um trabalhado cartão de visitas,

Com direito a slogan e o número do seu celular.

E nesse trote-trote vai-se o carroceiro pela rua da matriz,

Alguns lhe abanam a mão, outros fazem careta

Mas isto não lhe deixa nem um pouco infeliz

Com uma chicotada acelera a sua mula: “Umbora Tieta!”

Típica cena mineira.

Comum de se ver no interior

Em meio a tanta modernidade, está salvo um pouco do antigo,

Graças ao carroceiro Salvador.

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Obrigado pela visita - Bruno Rodrigo