Alívio de dor física é analgésico
Alívio de dor na alma é oração
Nem sempre as prisões são feitas através de grades
Grandes arranha-céus prendem minha alma
É difícil sobrevoar por cima deles
Meu espírito tenta, bate nas janelas e volta para minha palma
Silêncio que revigora é leitura
Silêncio que destrói é solidão
Nem toda boca que pergunta merece resposta
Toda língua que se cala deveria perguntar
Nem todo ouvido que escuta perguntou alguma coisa
Há ouvidos carentes com sede de resposta
Fome de pagão é miséria
Fome de cristão é jejum
A alma se sustenta no que fere a carne
O prazer da carne aprisiona o que é imortal
Ser escravo da carne é abrir mão da eternidade
Ser vassalo da alma é ignorar o prazer universal
Prazer? O que é prazer?
Entrar em euforia diante do Santíssimo?
Chegar à última estrela pelo gozo?
Ou ambos?
Para voar edifícios preciso de asas de ferro
Para voar ao céu, asas de anjo
Como chegar ao céu, sem antes, passar pela janela do prédio,
No qual a linda mulher toma banho?
Para chegar onde se deve chegar existe o caminho,
Para viver o caminho, a aventura,
Para viver a aventura nega-se o caminho,
Negando o caminho perde-se onde se deve chegar,
Perdendo onde se deve chegar vive-se a aventura
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Obrigado pela visita - Bruno Rodrigo