Eu não posso ser completo, algo tem que faltar em mim.
Eu não quero ser completo, isso limitaria os meus limites, me daria um fim.
Preciso de alguém que sempre me “complete”, gosto de ser “completado”. Preciso ser infinito aos moldes da vida, preciso ser insaciável. Quero sentir o vazio dentro do peito que atormenta os meus sonhos durante as noites frias do mês de julho, e que, faz com que eu me levante às sete da manhã do outro dia. Que isso se repita até chegar agosto. Eu gosto do mês de agosto.
Eu não posso ser completo, tudo seria obviou por demais.
Eu não quero ser completo, seria como esperar o mesmo barco, com a mesma carga, ao mesmo cais.
Eu preciso ser amado. Eu preciso ser batizado. Eu amo o amor. Eu amo batismos. Eu detesto o “Amado Batista”. Eu sonho ser artista.
Já sonhei com vídeo-game, depois o vendi e comprei um violão. O game não poderia me completar para o resto da vida, pois, eu queria uma outra canção.
Eu não posso ser completo, já disse isso, mas o texto é meu e vou repetir quantas vezes eu quiser.
Eu não quero ser completo, ser completado talvez, porém, sou grande demais para ser preenchido por uma única mulher.
Não há registro na história de alguém que tenha vivido tudo o que tinha pra viver (e quando eu falo tudo, eu falo tudo). Nem Sócrates (tanto o filósofo quanto o jogador), Nem Platão ou Plutão, nem o “Elvis” que se quer chegou a morrer conseguiu tal feito. Não se pode ser completo, há de ser completado o tempo todo por algo ou por alguém, por nada ou por ninguém.
Eu não posso ser completo, já “tô” puto com hipocrisia social da cidade, da política, da religião que quer me rotular. Chega de coisas para me completar. Insisto.
Eu não quero ser completo. Preciso ser infinito, é... isso mesmo ora bolas! In-fi-nito!
Igual ao céu, igual à Via-Láctea, iguais aos chocolates “Láctea”, igual a Deus.
A única forma de ser completo é deixando brechas para serem completadas. Ser livre é ser gente. Ser completo não é ser o total, é buscar a totalidade. Eternamente a totalidade.
Sou forte e fraco, inteligente e ignorante, herói e bandido. De tudo um pouco, sou tudo, mas sabe o que eu acho? Eu acho é pouco!
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Obrigado pela visita - Bruno Rodrigo